14 de Agosto de 2025
Administração Condominial

Manutenção preventiva em condomínios: confira um cronograma ideal

Atualizado em: 14/08/2025 20:58:36

Aprox. 23 minutos de leitura.

Manutenção preventiva em condomínios: confira um cronograma ideal

Quando o assunto é gestão condominial, poucos temas geram tanto impacto financeiro e estrutural quanto a manutenção. Além de incômodos, problemas em elevadores, vazamentos inesperados, falhas elétricas ou portões quebrados representam riscos à segurança dos moradores, prejuízos ao patrimônio e desgastes constantes para o síndico.

É por isso que a manutenção preventiva deixou de ser uma recomendação e passou a ser uma necessidade. Com ela, é possível planejar intervenções antes que se tornem urgências, evitar gastos imprevistos e prolongar a vida útil de estruturas e equipamentos do condomínio.

Entretanto, para ser efetiva, a manutenção preventiva deve ter um cronograma bem estruturado, que defina com clareza o que será verificado e com que frequência, garantindo regularidade nas inspeções e evitando que falhas se acumulem ou passem despercebidas.

Por que a manutenção preventiva é essencial em condomínios?

Ao contrário da manutenção corretiva, que é realizada somente após o surgimento de falhas,  a manutenção preventiva é planejada com antecedência e executada de forma regular. Seu principal objetivo é antecipar problemas, prolongar a vida útil dos equipamentos e evitar paralisações ou riscos desnecessários.

Em condomínios, essa prática é ainda mais estratégica: garante a preservação da infraestrutura, a segurança de moradores e visitantes, além de reduzir custos com consertos emergenciais e obras inesperadas.

Entre os principais benefícios da manutenção preventiva, destacam-se:

  • Prevenção de acidentes e falhas graves que podem comprometer a segurança coletiva;
  • Redução de gastos com emergências, que normalmente envolvem custos mais altos e contratação em caráter de urgência;
  • Valorização dos imóveis, já que a boa conservação é um fator decisivo para compradores e locatários;
  • Maior durabilidade de equipamentos, evitando trocas prematuras;
  • Satisfação e tranquilidade para os moradores, com um ambiente mais estável, seguro e bem cuidado.

Manutenções preventivas também ajudam o condomínio a se manter em conformidade com normas técnicas e legislações vigentes. O Código Civil, por exemplo, impõe ao síndico a responsabilidade direta pela conservação das áreas comuns e pela segurança dos condôminos. Ignorar essas obrigações pode acarretar prejuízos jurídicos e financeiros para toda a coletividade, especialmente em caso de acidentes que poderiam ter sido evitados.

Outro aspecto relevante é a valorização no longo prazo. Condomínios que investem em manutenção constante apresentam uma aparência mais conservada, infraestrutura confiável e custos sob controle, o que os torna mais atrativos no mercado.

Além disso, vale destacar um diferencial importante: a previsibilidade orçamentária. Com um cronograma bem definido, a administração consegue antecipar os gastos, planejar o fluxo de caixa, distribuir os investimentos ao longo do ano e se preparar para épocas de maior demanda. 

É importante destacar também que a manutenção preventiva não é um conceito único. Ela pode ser aplicada de diferentes formas, dependendo da criticidade de cada sistema e da estrutura do condomínio. Os principais modelos são:

  • Manutenção sistemática: realizada em intervalos fixos e pré-agendados, independentemente do estado aparente do equipamento. É comum em sistemas que não podem falhar, como elevadores ou bombas.
  • Manutenção condicional: baseada no estado real do equipamento. A manutenção é feita quando sinais de desgaste aparecem, mas antes que a falha aconteça de fato.
  • Manutenção preditiva: mais comum em ambientes industriais, mas aplicável a condomínios de alto padrão. Utiliza sensores, análises e dados para prever o melhor momento de manutenção, com maior precisão.

Na maioria dos condomínios, o ideal é uma combinação entre os modelos sistemático e condicional. Por exemplo, elevadores, portões automáticos e sistemas de incêndio devem ter manutenção regular. Já serviços como pintura, impermeabilização ou jardinagem podem ser feitos conforme o desgaste visível.

Manutenção preventiva x manutenção corretiva: qual a diferença prática?

É comum que a manutenção preventiva seja vista como um custo extra. Mas basta uma falha inesperada para perceber que o reparo de última hora costuma pesar mais no orçamento e no dia a dia do condomínio.

A manutenção preventiva é programada. Ela serve para identificar e resolver pequenos desgastes antes que virem problemas maiores. Já a corretiva acontece depois que algo quebra, geralmente com urgência e impacto imediato na rotina dos moradores.

Um portão que para de funcionar, um elevador interditado ou uma bomba de piscina queima de repente. Além do desconforto, surgem gastos com mão de obra emergencial, compra de peças fora do planejamento e, muitas vezes, conflitos por conta da interrupção dos serviços.

Por isso, manter uma rotina de manutenção preventiva é uma forma de cuidar do funcionamento do condomínio com responsabilidade, evitando surpresas e garantindo uma gestão mais estável.

Principais áreas que exigem manutenção preventiva em condomínios

A manutenção preventiva deve ser aplicada em todas as áreas do condomínio que envolvem segurança, funcionamento contínuo e conservação do patrimônio. Ao negligenciar qualquer um desses pontos, o condomínio se expõe a riscos operacionais, acidentes, multas e desvalorização. 

A seguir, destacamos os sistemas e estruturas que exigem atenção constante na rotina preventiva:

  • Elevadores: essenciais para mobilidade, os elevadores exigem manutenção periódica obrigatória por lei. Isso inclui verificação de cabos, motores, painéis de comando e sistemas de segurança. A negligência nesse item pode causar acidentes graves e interdições.
  • Sistema elétrico: quadros de distribuição, disjuntores, cabos e aterramentos devem ser inspecionados regularmente para evitar curtos-circuitos, quedas de energia e incêndios. A revisão elétrica é especialmente importante antes de períodos de chuvas ou picos de consumo.
  • Instalações hidráulicas: canos, registros, bombas e reservatórios precisam de revisão para evitar vazamentos, infiltrações e contaminação da água. Uma falha hidráulica pode causar grandes prejuízos estruturais, além de afetar diretamente o conforto dos moradores.
  • Equipamentos de segurança (extintores, hidrantes, portões, alarmes): itens como extintores de incêndio, hidrantes, sensores de fumaça, portões automáticos e câmeras de monitoramento devem estar sempre em pleno funcionamento. A manutenção garante que, em caso de emergência, o sistema responda com eficácia.
  • Revestimentos, fachadas e áreas comuns: a inspeção preventiva evita o descolamento de revestimentos, infiltrações e degradação da fachada, que além de causar riscos, pode gerar multas da prefeitura ou do corpo de bombeiros. Áreas comuns como corredores, halls e salões também devem estar em bom estado.
  • Piscinas, jardins e playgrounds: a limpeza e o tratamento da água da piscina, a poda e irrigação dos jardins e a inspeção de brinquedos e pisos do playground são fundamentais para a segurança e o bem-estar dos moradores, principalmente crianças. A manutenção nessas áreas também contribui para a estética e valorização do condomínio.

Manter essas áreas sob um cronograma de manutenção bem estruturado é o caminho mais eficiente para prevenir desgastes, evitar surpresas e garantir a longevidade da estrutura condominial.

Como montar um cronograma de manutenção preventiva em condomínios?

Montar um cronograma de manutenção preventiva eficiente começa com um mapeamento completo de todos os sistemas e estruturas que exigem verificação periódica. 

Além disso, o ideal é organizar essas informações em um plano anual, com tarefas distribuídas ao longo dos meses e lembretes programados para garantir que nada seja negligenciado. Isso permite que o condomínio antecipe orçamentos, evite acúmulos de manutenção e mantenha um histórico de tudo que foi realizado.

Um cronograma bem estruturado deve conter:

  • Lista completa dos equipamentos, instalações e áreas comuns que exigem manutenção, incluindo tanto os itens de uso contínuo quanto os de uso sazonal.
  • Frequência recomendada para cada inspeção ou serviço: mensal, trimestral, semestral ou anual, conforme o tipo e criticidade do item.
  • Responsáveis pela execução: identificação clara de quem será o encarregado por cada tarefa: empresa terceirizada, zelador, síndico ou outro prestador de serviço.
  • Custos estimados e vínculos com contratos de manutenção: facilita o controle financeiro e evita surpresas no orçamento condominial.

Com esse controle em mãos, o síndico e o conselho conseguem acompanhar a saúde estrutural do condomínio com mais segurança, planejando intervenções com antecedência e reduzindo riscos operacionais e financeiros.

Como fazer um cronograma de manutenções essenciais?

A manutenção preventiva exige visão estratégica, organização e um olhar atento às particularidades de cada condomínio. Um cronograma eficiente começa com a identificação dos pontos críticos que precisam de acompanhamento periódico. E ninguém está mais capacitado para esse mapeamento inicial do que o próprio síndico, que conhece de perto a rotina e as vulnerabilidades da estrutura.

Aspectos como o tipo e a idade da edificação, número de moradores, histórico de ocorrências e o uso das áreas comuns influenciam diretamente na frequência e nas prioridades das manutenções. Ignorar essas variáveis pode comprometer tanto a segurança quanto o orçamento do condomínio.

Pensando nisso, elaboramos uma tabela com os principais itens que exigem atenção contínua, suas respectivas periodicidades e os pontos que devem ser avaliados em cada inspeção. O objetivo é fornecer uma base sólida para que o síndico e o conselho possam estruturar um plano de manutenção personalizado, eficaz e financeiramente viável.

ITEM

PERIODICIDADE

O QUE AVALIAR

Rede elétricaAnualCabos, disjuntores, quadros elétricos e riscos de sobrecarga
Rede hidráulicaTrimestralVazamentos, pressão da água, bombas hidráulicas e conexões
Extintores e equipamentos de incêndioSemestralValidade, recarga, simulações e funcionamento de alarmes e hidrantes
Caixas d’águaSemestralLimpeza, higienização e vedação contra contaminação
ElevadoresMensalFreios, cabos, portas, sensores, painel de controle e sinalização de emergência
Calhas e telhadosSemestralLimpeza, desobstrução e identificação de infiltrações ou danos estruturais
Bombas e geradoresTrimestralTestes de partida, troca de óleo e verificação de níveis
PiscinaSemanal / MensalTestes químicos, filtros, bombas e limpeza física das bordas e drenos
Áreas verdesMensalPoda, irrigação, controle de pragas e limpeza de resíduos
Sistema de CFTVTrimestralChecagem de câmeras, gravação (DVR), cabeamento e visibilidade das imagens
Impermeabilização de lajesAnualEstado das mantas e reaplicação de impermeabilizante
Fachadas e revestimentosAnualTrincas, desplacamentos, infiltrações e manutenção de pastilhas
Para-raiosAnualMedição de aterramento e integridade das hastes
Portões automáticosMensalLubrificação de trilhos, testes de sensores e sistema de acionamento
Sistema de gásSemestralVazamentos, tubulações, reguladores, ventilação e registros de pressão
Portas corta-fogoSemestralDobradiças, fechamento automático, trincos e sinalização
Sinalização de emergênciaSemestralVisibilidade, iluminação autônoma e posicionamento das placas
Interfone e comunicação internaTrimestralTestes de chamadas, fiação e áudio em todas as unidades e áreas comuns
Áreas de lazerTrimestralLimpeza, estado dos equipamentos e itens de segurança
BrinquedotecaSemestralFixação de brinquedos, higiene, estado do piso e pintura
BicicletárioTrimestralEstruturas metálicas, organização e sinalização

Importante: este é um modelo de referência geral. Cada condomínio deve buscar apoio técnico especializado para adaptar o cronograma às suas características específicas.

Isso porque nem todas as manutenções têm o mesmo nível de urgência e o orçamento do condomínio muitas vezes exige escolhas. Para ajudar na tomada de decisão, use os seguintes critérios:

  • Risco envolvido: serviços que impactam diretamente na segurança (como para-raios, extintores e bombas) devem ser prioridade.
  • Frequência de uso: quanto mais utilizado o equipamento, maior a necessidade de manutenção (caso dos elevadores, portões e áreas comuns).
  • Impacto coletivo: intervenções em sistemas que afetam muitos moradores exigem mais atenção.
  • Histórico de falhas: equipamentos problemáticos devem ser monitorados com mais frequência.
  • Exigência legal: manutenções obrigatórias por norma técnica ou legislação não podem ser adiadas.

Essa priorização ajuda a distribuir melhor o orçamento, planejar contratações e evitar desperdícios, especialmente útil em condomínios com recursos mais restritos.

Além disso, algumas boas práticas incluem:

  • Manter um calendário atualizado, de preferência digital, com lembretes automáticos;
  • Guardar registros e comprovantes de cada manutenção feita;
  • Usar planilhas ou plataformas online para registrar o histórico de intervenções;
  • Comunicar os moradores com antecedência sobre cada intervenção, explicando os motivos;
  • Contratar empresas especializadas e confiáveis, com experiência comprovada.

Lembrando ainda que é primordial ter um relatório anual com as manutenções realizadas, custos envolvidos e principais aprendizados. Isso aumenta a transparência com os condôminos e fortalece a confiança na gestão.

O que acontece quando a manutenção preventiva é negligenciada?

Ignorar o cronograma de manutenção pode parecer uma economia no curto prazo, mas costuma sair caro no médio e longo prazo. Entre os principais riscos estão:

  • Acidentes e falhas estruturais: curtos-circuitos, quedas de portões, infiltrações, entupimentos e desabamentos são alguns exemplos.
  • Custos elevados: o que poderia ser um pequeno reparo programado vira uma obra emergencial com alto custo.
  • Risco jurídico: o síndico pode ser responsabilizado civil e criminalmente em caso de omissão.
  • Desvalorização do imóvel: condomínios mal conservados perdem valor de mercado e afugentam compradores e inquilinos.

A manutenção preventiva é, acima de tudo, uma decisão de responsabilidade coletiva e proteção patrimonial.

O papel do síndico e da administradora na manutenção preventiva

De acordo com o Código Civil, o síndico é o responsável legal pela conservação das áreas comuns do condomínio e pela segurança dos moradores. No entanto, isso não significa que ele precise enfrentar todos os desafios sozinho. Contar com uma administradora experiente faz toda a diferença na hora de planejar, executar e acompanhar um cronograma eficiente de manutenção preventiva.

Uma boa administradora atua como parceira estratégica da gestão condominial. Ela ajuda na elaboração e revisão do cronograma de manutenções, controlando prazos, contratos e pagamentos para que tudo ocorra dentro do previsto. Também é responsável por indicar fornecedores confiáveis, com histórico comprovado de boas práticas e qualidade técnica.

Além disso, a administradora organiza relatórios de prestação de contas, garantindo transparência na comunicação com os condôminos. Em caso de incidentes ou não conformidades, também oferece suporte jurídico para proteger os interesses do condomínio.

Outro diferencial importante é o uso de sistemas e plataformas digitais que facilitam o acompanhamento das manutenções e armazenam o histórico de intervenções, laudos e comprovantes. Esse tipo de organização contribui para uma gestão mais eficiente, segura e profissional.

Conte com a Athemos para uma gestão preventiva inteligente, integrada e eficiente

Na Athemos, sabemos que ser síndico é lidar com uma série de responsabilidades que vão muito além da rotina básica de administração. Por isso, oferecemos soluções completas de administração condominial e facilities, pensadas para garantir eficiência operacional, conformidade legal e tranquilidade na gestão.
Nossa atuação vai muito além da parte burocrática. Integramos gestão, manutenção e suporte técnico especializado, com uma equipe multidisciplinar preparada para acompanhar cada etapa do cronograma e oferecer suporte em tempo real.

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Com a Athemos, o síndico conta com uma gestão técnica e estratégica, capaz de antecipar riscos, otimizar recursos e valorizar o patrimônio condominial. E, claro, tudo isso com transparência, organização e comunicação eficiente com os moradores.

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Juntos, podemos transformar a manutenção preventiva em uma rotina eficiente, econômica e sem dor de cabeça.

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